quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A superação da dessubjectivação do psiquismo e do comportamento: contributos na história da Psicologia para o estudo do comportamento humano na sua complexidade

Freud distinguiu três níveis de consciência, na sua inicial divisão topográfica da mente:

- Consciente - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento;

- Pré-consciente - relaciona-se com os conteúdos que podem facilmente chegar à consciência;

- Inconsciente - refere-se ao material não disponível à consciência ou ao escrutínio do indivíduo.
No entanto, o ponto nuclear da abordagem psicanalítica de Freud é a convicção da existência do inconsciente como:
a) Um receptáculo de lembranças traumáticas reprimidas;
b) Um reservatório de impulsos que constituem fonte de ansiedade, por serem socialmente ou eticamente inaceitáveis para o indivíduo.









O ideal positivista no início da construção da Psicologia como ciência

O início da Psicologia científica: Wundt e o primeiro laboratório de Psicologia
Experimental

 Criação da psicologia:

Nos finais do século XIX, com a enunciação das leis psicofísicas de Weber e de Gustav Fechener(fisiologista, filósofo e psicólogo alemão), e posteriormente com a criação do primeiro laboratório de psicologia por Wilhelm Wunt (fundador da psicologia moderna e líder da escola estruturalista), em Leipzig,na Alemanha, no ano de 1879, é que a psicologia conquistou verdadeiramente a sua autonomia,emancipando-se da filosofia.A psicologia é o estudo do organismo humano e animal em toda a sua variedade e complexidade. É a ciência que se debruça sobre o comportamento humano e animal e sobre os fenómenos psicológicos. Tem por finalidade adquirir a capacidade de fazer predições corretas acerca dos fenómenos com os quais se ocupa.

Cada palavra que compõe a sua definição assume extrema importância. Ciência é um método destinado a  descobrir e a interpretar o conhecimento baseado nas regras da evidência e da lógica. Comportamento é aquilo que os organismos fazem, como agem e o que eles experimentam e que é observável. Os fenómenos psicológicos traduzem-se na totalidade das funções relacionadas com a mente, quer conscientes,quer inconscientes.




Wundt e o primeiro laboratório :


















Considerado o fundador da psicologia moderna Wilhelm Wundt, por ter criado, em 1879, o primeiro laboratório de psicologia na universidade de Leipzig, Alemanha. A psicologia se tornou uma ciência independente da filosofia graças a Wundt, nos finais do século XIX. Foi a partir deste acontecimento que se desenvolveram de forma sistemática as investigações em psicologia, através de vários autores que a esta ciência se dedicaram, construindo múltiplas escolas e teorias. Wilhelm Wundt criou na Alemanha o primeiro laboratório de pesquisa em Psicologia: A ambição de Wundt era estabelecer uma identidade independente para a Psicologia. Ele acreditava que os psicólogos deveriam investigar ‘os processos elementares da consciência humana', suas combinações, relações e iterações. Muito apropriadamente, o método de Wundt é em geral chamado de estruturalismo.Foi Wilhelm Wundt quem determinou o objecto de estudo, o método de pesquisa, os tópicos a serem estudados e os objectivos da nova ciência. Formado em Medicina ele criou um espaço compatível com os laboratórios das ciências naturais. Este laboratório tornou-se um centro de investigação, local que era visitado por psicólogos e estudantes de todo o mundo. Esta foi a forma mais eficaz de Wundt atingir o seu principal objectivo que era contribuir para o processo de autonomia da Psicologia – separando-se, nesse contexto, e apenas nesse, da Filosofia. Foi influenciado pelas descobertas da Química. É comum descrever Wundt como um ‘químico' da vida mental que estudava seus ‘átomos' sistematicamente.  Na Química todas as substâncias são compostas por átomos. Wundt foi então decompor a mente nos seus elementos mais simples, que são as sensações.Tanto para Wundt como para os seguidores do estruturalismo, as operações mentais resultam da organização de sensações elementares que se relacionam com a estrutura do Sistema Nervoso .Wundt recorre aos métodos experimentais das Ciências Naturais, particularmente às técnicas usadas pelos fisiologistas, e adaptou os seus métodos científicos de investigação aos objectivos da Psicologia. Desta forma, a Fisiologia e a Filosofia ajudaram a moldar: o objecto de estudo e os métodos de investigação dessa ciência. Wundt define como objecto da Psicologia o estudo da mente, da experiência consciente do Homem - a consciência - e é no seu laboratório, em Leipzig, que ele vai procurar conhecer os elementos constitutivos da consciência. Suas interrogações eram: Como se relacionam? Como se associam? Haveria uma concepção? Haveria uma associação ou um associativismo? Etc.Para atingir estes seus objectivos, nosso estimado Wundt utiliza como método de estudo a introspecção controlada. Esse método consiste em, no laboratório, observadores treinados descreverem as suas experiências resultantes de uma situação experimental. Através da introspecção, os sujeitos descreviam as suas percepções resultantes de estímulos visuais, auditivos e tácticos  Exemplo: os sujeitos experimentais ouviam um som e em seguida descreviam o que sentiam. Para Wundt só este método permite o acesso à experiência consciente do indivíduo.

Wundt e o behaviourismo :







operacionismo, principal característica do behaviourismo, tinha por objectivo proporcionar uma linguagem e uma terminologia mais objectivas e precisas a ciência e livrá-la dos problemas não observáveis ou não demonstráveis fisicamente. O operacionismo sustenta que o valor de qualquer descoberta científica ou de construção teórica dependa da validade dês operações empregadas para determiná-los.A visão operacionista foi promovida por Percy W. Bridgman (1882-1961), ganhador do Prémio Nobel de física e psicólogo da Harvard University. O seu livro, The logic of modern physics (1927), chamou a atenção de muitos psicólogos. Bridgman insistia na definição exacta dos conceitos da física e no descarte de todos os conceitos que não possuíssem referentes físicos.Utilizemos como exemplo o conceito de comprimento. O que queremos dizer quando nos referimos ao comprimento de um objecto? Evidentemente, entenderemos o significado de comprimento se soubermos especificar o comprimento de todo e qualquer objecto e, para o físico, isso é suficiente. A determinação do comprimento de um objecto requer algumas operações físicas. O conceito de cumprimento, assim, é definido quando se determinam as operações de mensuração do comprimento, ou seja, o conceito de comprimento envolve tão somente e apenas um conjunto de operações; o conceito é sinonimo do conjunto correspondente de operações. (Bridgman, 1927. P. 5.) .

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Inicio da evolução da psicologia como ciência:


Influência da filosofia na psicologia:



A psicologia deu os seus primeiros passos na antiguidade clássica, mais precisamente na Grécia antiga. Foi aqui que o homem começou a olhar para si próprio, para se compreender, e a olhar para o mundo, foi assim que surgiram os primeiros mestres da filosofia.


A partir desta ciência e através dos séculos,desenvolveram-se múltiplos ramos do saber, alguns dos quais acabariam por autonomizar se da árvore mãe e constituir outras ciências. A psicologia não é mais do que um desses ramos, que, sendo de recente autonomização,foi, contudo, dos primeiros a ter surgido.  no fim do século XVI (1590) é que aparece o termo psicologia,introduzido por Rudolph Goclenius (psyquê significa alma, sopro; logos significa tratado, ciência).









sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Psicologia em portugal:



Oportunidades de formação:


Dum modo geral, no que se refere aos cursos liceais, a Psicologia neles incluída obedece a um esquema, hoje  ultrapassado, duma Psicologia de faculdades, que torna difícil um ensino desta ciência, a nível secundário, que possa vir a estabelecer um elo de ligação com os futuros cursos superiores de Psicologia. os alunos  deviam trazer da secundaria  uma formação mista que não só abrangesse a Filosofia, mas incluísse também a Psicologia (ou os dados menos controvertidos desta ciência), a Matemática, a Biologia, a Física e a Química.







Contexto de pratica profissional:

Os princípios gerais são, por natureza, aspiracionais. Ou seja, pretendem ser orientações para os profissionais no sentido de os guiar e inspirar para uma actuação centrada nos ideais da intervenção psicológica.
Estes princípios gerais são derivados daquilo que se pode denominar como moral comum da Psicologia, ou seja, a moral compartilhada pelos/as psicólogos/as Portugueses/as. Estes devem ser considerados como agentes promotores de ligações entre a teoria e a prática, podendo ser generalizados, já que são conceptualizados como obrigações prima facie. Ou seja, mesmo quando não decisivos, os princípios devem ser tomados em consideração, uma vez que providenciam uma coerência intelectual que torna as normas morais mais flexíveis.
Por isso mesmo, quando os princípios estabelecidos entram em conflito, cabe ao profissional, em última análise, decidir sobre como resolver o dilema ético surgido, a partir do seu raciocínio ético. Neste processo os/as psicólogos/as podem, e devem, recorrer ao Código Deontológico ou ao Direito. Devem informar-se sobre os procedimentos usuais em circunstâncias idênticas, consultar a Comissão de Ética da instituição onde trabalham, colegas e superiores hierárquicos. Os princípios gerais constituem um conjunto de pressupostos de actuação consensuais na sua aceitação, já que são construídos e inspirados nas características naturais da pessoa, resultantes de um raciocínio filosófico secular e com base na natureza da intervenção psicológica. Trata-se, pois, de um conjunto de princípios sentidos como intuitivamente correctos que se flexibilizam na resolução de dilemas éticos.

Precipícios
 do psicólogo:

-PRINCÍPIO A – RESPEITO PELA DIGNIDADE E DIREITOS DA PESSOA


-PRINCÍPIO B - COMPETÊNCIA


-PRINCÍPIO C - RESPONSABILIDADE


-PRINCÍPIO D - INTEGRIDADE


-PRINCÍPIO E - BENEFICÊNCIA E NÃO-MALEFICÊNCIA

PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS:

1. CONSENTIMENTO INFORMADO


2. PRIVACIDADE E CONFIDENCIALIDADE


3. RELAÇÕES PROFISSIONAIS


4. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA


5. PRÁTICA E INTERVENÇÃO PSICOLÓGICAS


6. ENSINO, FORMAÇÃO E SUPERVISÃO PSICOLÓGICAS


7. INVESTIGAÇÃO


8. DECLARAÇÕES PÚBLICAS




Dominios actuais da psicologia e tendências futuras:


Domínios actuais da psicologia:

Os psicólogos acreditam fervorosamente na tradição científica. Estudam funções básicas, tais como: aprendizagem, memória, linguagem, pensamento, emoções e motivações, lidam também com tópicos sociais vitais como divórcio, estupro, racismo, sexismo, violência, conservação e poluição.A psicologia subpõe se a outras ciências sociais, especialmente à sociologia. A ênfase da psicologia está no ser humano como indivíduo. A palavra "psicologia" significa "estudo da mente ou da alma". Hoje, a psicologia é geralmente definida como a ciência que se concentra no comportamento e nos processos mentais – de todos os animais.Os psicólogos usam amplamente a palavra "comportamento". Existe algum debate sobre se os processos mentais são comportamento. O termo "processo mental" inclui formas de cognição ou formas de conhecimento: dentre elas, perceber, participar, lembrar, raciocinar e resolver problemas. Sonhar, fantasiar, desejar, ter esperança e prever são também processos mentais.Definimos psicologia como uma disciplina única, essa área é na verdade um conjunto de subáreas. Cada uma tem características e exigências próprias e exclusivas; e no âmbito geral pode razoavelmente ser chamada de estudos psicológicos, em vez de psicologia. Os psicólogos especializam-se principalmente pela grande abrangência da psicologia.Psicólogos clínicos podem guardar semelhanças com psiquiatras e psicanalistas. Esses três profissionais frequentemente trabalham com saúde mental diagnosticando e tratando problemas psicológicos. Eles se destingem principalmente por seu treinamento e especialização.Eles geralmente tem PhD em psicologia em outro grau semelhante (doutor em educação ou em psicologia) para obter um PhD. Os psicólogos clínicos passam cerca de cinco anos em um curso de pós-graduação estudando o comportamento normal e anormal.Os psiquiatras cursam a faculdade de medicina recebendo o grau de doutor em medicina. Para se qualificar como psiquiatra, muitos fazem residência durante três anos em clínicas de saúde mental, tipicamente um hospital de doenças mentais, onde são treinados para detectar e tratar distúrbios emocionais. Os psiquiatras são especializados em procedimentos médicos (uso de drogas, tipicamente). Os que trabalham em ambiente da área de saúde frequentemente se tornam administradores.Teoricamente, qualquer pessoa pode tornar-se um psicanalista. Os candidatos precisam fazer um curso em que se estudam a teoria psicanalítica de tratamento de Freud. Além disso, os futuros analistas precisam, eles próprios, ser psicanalisados e supervisionados durante vários anos enquanto tratam seus pacientes. A duração do treinamento pode atingir de sete anos ou mais.No início da década de 1850, Gustav Fechner interessou-se pela relação entre estímulo físico e sensação. Ele concebeu técnicas engenhosas para descobrir respostas precisas. Quando seu principal trabalho Elementos de psicofísica foi publicado, em 1860, demonstrou-se com precisão como procedimentos experimentais e matemáticos podiam ser usados para estudar a mente humana. Aproximadamente vinte anos mais tarde, estabeleceu-se a psicologia como área de estudo. Dois outros indivíduos – Wilhelm Wundt e William James – tiveram muito a ver com essa conquista.Originalmente treinado como médico, Wilhelm Wundt leccionou fisiologia na Universidade de Heidelberg, na Alemanha. No início de sua carreira, demonstrou grande interesse pelos estudos dos processos mentais. Na época de Wundt, a psicologia não existia. Seu conteúdo fazia parte da filosofia. A ambição de Wundt era estabelecer uma identidade independente para a psicologia. Com este objectivo em mente, deixou Heidelberg para tornar-se chefe do Departamento de Filosofia da Universidade de Leipzig. Muitos anos mais tarde ele fundou o primeiro grande laboratório de pesquisa em psicologia.A psicologia de Wundt – psicologia da consciência humana – tinha uma característica peculiar. Ele acreditava que os psicólogos deveriam investigar "os processos.
(http://www.zemoleza.com.br/carreiras/25079-a-psicologia-e-suas-perspectivas-atuais.html#gsc.tab=0)

Tendências futuras:

Há alguns anos tive conhecimento de um estudo que fazia uma projecção do que seria a vida na Terra dentro de 1 milhão de anos e mais.
Esse estudo - em que participou uma equipa pluridisciplinar de cientistas - concluía que a vida no nosso planeta dentro de milhões de anos, mas mais seguramente dentro de 10 milhões de anos e mais, será completamente diferente daquela que hoje conhecemos (o que não é surpresa). A evolução da vida, quer do planeta quer dos seres vivos, segundo esse inovador estudo, atingirá tal magnitude que é difícil reconhecermos o que quer que seja. Muitos seres vivos actuais, incluindo o Homem, não existirão mais. Muitos outros evoluirão para seres de anatomia e comportamento completamente diversos daqueles que hoje exibem. Recordo-me de ver lido que lulas gigantes anfíbias poderiam ocupar um lugar cimeiro na escala dos animais mais inteligentes à face do planeta.
É pacífico aceitar que, dentro de 1 a 10 milhões de anos, a Terra terá um aspecto completamente diferente e os seres vivos que por aqui se movimentarão apresentarão organismos e formas completamente distintas dos animais que conhecemos actualmente (ilustração acima). O mesmo se passará com a flora. Voltarão os tempos em que os animais e as plantas atingirão proporções inimagináveis fazendo recordar épocas passadas em que a Terra era povoada por répteis de tamanho gigantesto e grande dinossaurios (eles povoaram a Terra durante mais de 180 milhões de anos e desapareceram há cerca de 65 milhões de anos, muitos milhões de anos antes dos primeiros seres aparentados com os futuros humanos terem surgido).
Mas, para além desta hipotética versão do futuro - que, no mínimo, dá para pensar - uma pergunta se coloca: e o ser humano? Por onde andará dentro de 100 mil anos ou 1 milhão de anos? Existirá ainda? Na Terra? O estudo sugere que não. Não estaremos aqui. A Terra estará dominada por grandes e inesperados animais. Será de novo um território pouco amistoso para o ser humano. Vai a nossa espécie extinguir-se como muitas outras que já aqui viveram?(Não nos esqueçamos que de todas as espécies de animais que viveram no nosso planeta em toda a sua história de mais de 4 mil milhões de anos, 90% já não existem - o caso dos dinossáurios é o mais conhecido).
O argumento de que a actual espécie humana não se extinguirá mas será objecto de uma mais ou menos lenta evolução - tal como aconteceu no passado - é aceite por um número crescente de cientistas. Se antes de nós existiram outras espécies das quais somos descendentes porque não aceitar que a Natureza continuará a obedecer às mesmas leis da evolução? Embora, actualmente, o ser humano, por força da tecnologia médica, consiga contrariar a lei dos mais fortes (aquela que impede que os indivíduos menos aptos física e mentalmente sobrevivam e deixem descendentes) a evolução da espécie é ponto assente. A crescente sofisticação da sociedade exigirá dos mais aptos novas necessidades de adaptação (sobretudo cerebrais e cognitivas) para sobreviver. E, assim, é de crer que a actual espécie humana continuará o seu caminho. Rumo a novos patamares evolutivos. Tal como aconteceu antes.
As espécies anteriores viveram na Terra durantes milhões de anos. Extinguiram-se por diferentes motivos, muitos deles relacionados com a incapacidade de resistirem a alterações climáticas, a doenças, aos animais predadores e a chacinas de grupos humanóides mais poderosos (houve uma época - longa - em que na Terra "conviveram" 5 diferentes espécies de seres hominídeos). A nossa espécie é a única que resta e está ainda no início da sua história. Tem apenas entre 150 mil e 200 mil anos. Nada de especial pois a espécie Homos Erectus sobreviveu mais de um milhão de anos tendo convivido com outra espécie, o Homo Habilis, considerada mais desenvolvida e mais moderna. Assim sendo, temos ainda muito futuro pela frente.
Uma tese - que aqui proponho - é mais radical: os seres humanos - cuja história começou há muitos milhões de anos, muito antes dos proto-humanos, têm um conjunto de características que são determinadas biologicamente e que os tornam diferentes dos restantes seres vivos conhecidos: são seres pró-activos, criativos, muito inteligentes, muito hábeis, em movimentação constante pelo mundo, construtores frenéticos, curiosos compulsivos e ambiciosos em extremo. Sempre o foram ao longo da história. Deram os primeiros sinais dessa sua natureza quando começaram a percorrer a Terra em busca de novos espaços para viver, quando começaram a construir artefactos e a criar comunidades sedentárias (aldeias, depois cidades e nações) e quando inventaram os primeiros meios de transporte (estabelecendo uma cada vez mais complexa rede de ligações terrestres e aquáticas com diferentes destinos).
Entre as primeiras jangadas e as naves espaciais tripuladas passaram apenas algumas dezenas de milhares de anos. Se, como espécie, ainda temos 150 mil a 200 anos de vida e se, na pior das hipóteses, ela nunca se extinguirá antes de um ou dois milhões de anos (podendo também dar origem a uma ou mais novas espécies, mais poderosas e hábeis tal como aconteceu no passado com as antigas espécies hominídeas) o que podemos esperar?

O futuro do Homem está algures no Universo

Olhando para o passado da evolução nos últimos 15 a 20 milhões de anos tudo parece indicar que viemos para ficar. Daqui decorre a teoria do Universo Humano. Esta teoria - que me atrai bastante - vê o universo como um espaço imenso que será um dia povoado pelos seres humanos.
Se hoje nos parece altamente improvável viajar a velocidades que nos permitam chegar a outros planetas habitáveis para neles darmos continuidade à nossa saga isso não constituirá obstáculo dentro de um número razoável de anos quando a tecnologia atingir um ponto de não retorno. O regresso à Idade da Pedra jamais acontecerá.
Definitivamente libertos da Terra seremos (os novos?) senhores do Universo, da mesma forma que um dia, muito depois de descermos das árvores, povoámos o planeta e nos assenhoreámos dele. O Universo é, mais do que a Terra, a nossa casa. A Terra é apenas o ponto de partida - ou de passagem - para outros mundos ainda que isso nos venha a obrigar a adaptações e transformações biológicas que só os homens do futuro conhecerão. Conheceremos outros seres inteligentes algures estabelecidos noutras galáxias? Talvez. Também os navegadores do século XVI descobriram uma América povoada de outros seres humanos e com civilizações e culturas diferentes.
Só assim posso compreender porque, desde sempre, o ser humano e as anteriores espécies caminharam de forma aparentemente irresistível no sentido da expansão, o que favoreceu o progresso tecnológico (veja-se a históra da aviação). Por isso costumo dizer que quando o homem do Neolítico inventou a roda iniciou, nesse preciso momento, a história das viagens espaciais. Viagens que, actualmente, mais não são do que as primeiras tentativas para sairmos do Sistema Solar e irmos em busca de novos lares algures do outro lado do Mundo (*).
Sobre este trabalho: trata-se de uma investigação centrada no estudo de determinadas características biológicas, neurobiológicas e comportamentais que, desde há pelo menos 4 milhões de anos, conduzem instintivamente o ser humano para uma conquista gradual da Terra e posteriormente de outras áreas do Cosmos.
A análise histórica do percurso da humanidade (e dos proto-humanos anteriores a nós) evidencia essa procura incessante pela conquista de novos territórios. Conquistada a Terra resta-nos o Universo imenso. É algo inerente ao ser humano e que não se verifica em mais nenhuma espécie animal terrestre.É um propósito geneticamente programado que torna o ser humano inventivo e tecnologicamente hábil (tal como o instinto sexual - determinado geneticamente- que visa garantir a continuação da espécie) . E tudo isso apenas pode ter uma finalidade: garantir a perpetuação dos genes humanos não apenas no tempo como no espaço (dando seguimento, na verdade, ao que acontece desde há milhões de anos de uma forma imparável).
Assim, é razoável aceitar que, em menos de 1000 anos, teremos terminada a colonização dos primeiros planetas fora do sistema solar e num período de 1 a 10 milhões de anos seremos uma espécie extraterrestre. É também admissível que nos próximos 20 mil anos alterações genéticas graduais venham a provocar uma evolução nas capacidades cognitivas humanas dando origem a uma nova espécie "homo" ou a um novo ramo. O contributo de robots e de andróides terá também um papel decisivo.
As questões que aqui se levantam são não apenas científicas mas também filosóficas e metafísicas (quem somos, afinal? que estamos a fazer na Terra? por que é que a nossa espécie é, por agora, o resultado de uma gradual escalada de desenvolvimentos biológicos, cognitivos e culturais? estamos na Terra apenas de passagem ou a Terra é o ponto de partida? estamos então sozinhos no Cosmos e a nós competirá a sua colonização? por que somos atraídos pela tecnologia e pelo Espaço? por mera curiosidade ou porque há um desígnio por trás da nossa história? seremos nós os extraterrestres de amanhã? qual a finalidade da aceleração tecnológica?)

(*) Já existem centros de investigação estatais que estudam formas de evacuação da espécie humana para outros pontos do Universo dentro de 200 a 300 anos (informação de Fernando Nobre, presidente da Asssistência Médica Internacional).
Texto de Nelson S Lima, autor de "5 Mil Anos de Transportes"

(http://www.psiquemultifocal.blogspot.pt/2010/01/o-futuro-da-humanidade-uma-teoria-do.html)

Domínios tradicionais de investigação e intervenção em psicologia:

Domínios tradicionais de investigação e intervenção em psicologia:



 Psicologia clínica:

Psicologia Clínica se baseia na observação e análise aprofundada de casos individuais. Criada por volta do final do século XIX por alguns médicos psiquiatras e neurologistas que tratavam pacientes com doenças mentais, foi desenvolvida por Freud, médico, discípulo de Breuer. Eles utilizavam a hipnose como método de cura de tais pacientes.e depararmos com técnicos de saúde com modelos de intervenção diferentes e bem delimitados tanto na forma como em conteúdo, torna-se premente distingui-los, para que a procura por cuidados em saúde mental seja, à partida, informada e racional.





(Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado 




Psicologia da educação:

Quando se fala, hoje, em 'Psicologia da Educação', vários termos são utilizados 
indiscriminadamente como sinónimos, tais como: psicopedagógia, psicologia escolar, 
psicologia da educação, psicologia da criança, etc. A lista poderia ser alongada. Esta imprecisão 
na linguagem, e esta confusão entre disciplinas ou actividades não são exactamente passíveis de 
sobreposição, pois cada qual têm suas definições e limitações.
A Psicologia da Educação tem por objecto de estudo todos os aspectos das situações da educação, 
sob a óptica psicológica, assim como as relações existentes entre as situações educacionais e os 
diferentes factores que as determinam.
Seu domínio é constituído pela análise psicológica de todas as facetas da realidade educativa e não 
apenas a aplicação da psicologia à educação.
Seu maior objectivo é constatar ou compreender e explicar o que se passa no seio da situação de 
educação. Por isso, tanto psicólogos quanto pedagogos podem possuir tal especialização 
profissional.
A Psicologia da Educação faz parte dos componentes específicos das ciências da Educação, tal 
como a sociologia da educação ou a didáctica. Compõem um núcleo, cuja finalidade é estudar os 
processos educativos. 
Actualmente, rejeita-se a ideia de que a Psicologia da Educação seja resumida a um simples campo 
de emprego da Psicologia; ela deve, ao contrário, atender simultaneamente aos processos 
psicológicos e às características das situações educativas.
Ela estuda os processos educativos com tripla finalidade:

Contribuir à elaboração de uma teoria explicativa dos processos educativos - nível 
teórico; 
· Elaborar modelos e programas de intervenção - nível tecnológico; 
· Dar lugar a uma práxis educativa coerente com as propostas teóricas formuladas - nível prático.




Psicologia social das organizações:
Psicologia Organizacional, inicialmente denominada como Psicologia Industrial, estuda os fenómenos psicológicos presentes nas organizações. Mais especificamente, actua sobre os problemas organizacionais ligados à gestão de recursos humanos (ou gestão de pessoas).

A psicologia está ligada a empresas actualmente  seja no bem-estar de cada um dos colaboradores, até mesmo nas emoções geradas num ambiente de trabalho.
Tradicionalmente, as principais áreas da psicologia organizacional são: recrutamentoselecção de pessoal, treinamento e diagnóstico organizacional.
Algumas das principais actividades do psicólogo organizacional:

Analisar cargos e salários;

Realizar selecção e recrutamento de novos funcionários;

Aplicação de testes psicológicos (actividade exclusiva para psicólogo);
Realizar pesquisa sobre os sentimentos e emoções dos funcionários;
Organizar o treinamento de habilidades dos profissionais;
Organizar um clima organizacional mais eficaz;
Resolver situações de conflitos entre funcionários;
Projectar sistema de avaliação de desempenho;
Avaliar a eficácia de uma prática específica.